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quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Lançamento da Campanha "Luta Permanente contra os Agrotóxicos e pela Vida"

Simone Benevides - Comunicadora popular da ASA
Santo André - PB
11/11/2014
Houve distribuição de materiais de comunicação sobre a Campanha | Foto: Áurea Olímpia
A 6ª Festa Regional das Sementes da Paixão “Resistir às ameaças, Cultivando vidas” também teve espaço para o lançamento da campanha por um território livre de agrotóxicos. Com o tema “Luta Permanente contra os Agrotóxicos e pela Vida” a Comissão Água apresentou um material para ser trabalhado nos espaços políticos e de formação do Coletivo Cariri.
Trata-se de cartazes e folders que servirão de subsídios para a conscientização de todas as famílias agricultoras que lutam por uma agricultura fundamentada na agroecologia.
As mulheres camponesas do Território deram depoimentos falando sobre a experiência de já ter trabalhado com veneno e contaram como a qualidade de vida delas melhorou depois que passaram pelas formações e depois que começaram  a usar defensivos naturais em seus cultivos.
A agricultora Luciana, de Cubati, relatou emocionada sua experiência  “Quando eu trabalhava com veneno em campos de tomates, isso eu devia ter uns 18 anos, comecei a sentir dor de cabeça e na coluna, aquele trabalho estava me matando, 11 anos depois minha saúde estava muito prejudicada. Depois que me envolvi nos trabalhos do Coletivo, que passei a ter formação, aí comecei a me conscientizar dos riscos que eu e minha família corríamos. Foi então, que as lideranças do Coletivo me disseram que eu seria contemplada com uma cisterna, a partir daí minha vida mudou. Comecei a plantar minhas coisas de forma saudável, usando os defensivos naturais. Para me livrar do veneno e livrar minha família desses riscos eu cultivo meu alimento no arredor de casa”.
Já para Quitéria, também de Cubati, o uso do veneno se dá pela falta de conhecimento. “Eu senti vergonha de dizer que usava veneno, quando fui perguntada por pessoas do Coletivo que fizeram uma visita em minha casa. Depois que eles saíram eu comecei a refletir sobre o assunto, aí comecei a participar das reuniões e recebi a cisterna, foi quando entendi os riscos que eu corria. Agora, eu sei que sem o veneno nossa vida só caminha pra frente”. 

Vários tipos de problemas de saúde como, por exemplo, ansiedade, alergias, dores de cabeça e pelo corpo e câncer, podem ser desenvolvidos pelo uso do veneno na agricultura. Há também casos de morte comprovados pelo uso de defensivos químicos.

Fonte: http://www.asabrasil.org.br/Portal/

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