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segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Cisterneiros continuam trabalho de construção em Angicos

Cisterneiro executando o processo de construção da tecnologia
O sol forte e o calor são marcas registradas da região semiárida, e no município de Angicos, localizado no interior do Rio Grande do Norte, não poderia ser diferente. É com esse cenário que os cisterneiros continuam os trabalhos de construção das tecnologias sociais do Programa Um Terra e Duas Águas (P1+2) nas comunidades rurais.
A cidade, conhecida como sendo a primeira em que Paulo Freire iniciou o seu método de educação e alfabetização, está recebendo, a partir da parceria entre o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) e o Serviço de Apoio aos Projetos Alternativos Comunitários (SEAPAC), implementações que vão beneficiar 101 famílias que convivem com a seca.
O cisterneiro José Antonio Felix, mais conhecido como Nino, conta que os trabalhos no município estão sendo organizados de forma muito boa e o relacionamento com as famílias também tem ajudado no desenvolvimento do trabalho. “A construção aqui é bem organizada e tudo está ocorrendo bem, principalmente por causa da acolhida das famílias. Isso garante a boa qualidade das tecnologias que estamos construindo”, afirmou José Antonio.
Agricultora Gilcia Evaristo da Costa e sua cisterna calçadão
A beneficiada com uma cisterna calçadão, Gilcia Evaristo da Costa, moradora da comunidade Rio Velho, revelou que o trabalho de construção da sua tecnologia, que foi feito pelo cisterneiro Nino, foi uma oportunidade muito boa para fazer novas amizades. Além disso, com a implementação será possível o plantio de hortas para o consumo da família. “Essa construção foi muito boa e estou muito animada com minha cisterna. Quando chover e tiver água, nós vamos plantar hortas e fruteiras, isso será muito importante para minha família”, disse a agricultora Gilcia.
Para a família de Inês Dalva Saraiva, também da comunidade Rio Velho, a água da cisterna enxurrada servirá para aumentar o plantio de hortas e fruteiras em casa, pois a família já possui um pequeno cultivo no quintal. “Estou feliz com isso, e pretendo aumentar o plantio utilizando o que aprendi nos cursos que participei antes da construção da cisterna. Os cisterneiros são muito dedicados ao trabalho e isso ajuda muito a agilizar a construção”, revelou dona Inês.
Construção da cisterna enxurrada da agricultora Inês Dalva Saraiva
As implementações garantem a convivência no Semiárido, promovendo a soberania alimentar, proporcionando o desenvolvimento rural e assegurando o manejo sustentável da água e da terra para a produção e criação de animais.

Ao todo, trinta e seis cisternas foram concluídas na região, além dos sete barreiros que já foram escavados nas propriedades das famílias beneficiadas. A próxima etapa de construção de tecnologias sociais, após a finalização em Angicos, será no município de Lajes.

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