Rio (AE) - O número de residências do País com
computador, carro e máquina de lavar cresceu em 2013, aponta a Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada ontem pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Já a proporção de habitações com
aparelhos de rádio e DVD caiu em relação a 2012. Quase metade das residências
brasileiras (49,5%) tinha microcomputador no ano passado, um aumento de 8,8%.
O maior crescimento
foi registrado na região Nordeste, de 14%. Dos 32,2 milhões de domicílios que
tinham computador no País, 28 milhões (43,7% do total) estavam com acesso à
internet. Em 2001, essa fatia era de apenas 8,5%.
Houve expansão de
4,8% no número de casas e apartamentos em que ao menos um morador possuía
carro. O destaque entre as regiões foi novamente o Nordeste, com alta de 9,5%.
A proporção de residências com automóvel no País chegou a 43,6%. No caso das
máquinas de lavar roupa, o aumento foi de 7,8%. Em 2013, 58,3% dos domicílios
tinham esse eletrodoméstico.
A maior aquisição
dos chamados bens duráveis é atribuída à elevação contínua do rendimento médio
no País, verificada desde 2004. “Se geladeira, TV e fogão estão com porcentuais
entre 97% e 99%, o outro bem que a mulher mais quer dentro de casa é a máquina
de lavar”, diz a gerente da Pnad, Maria Lucia Vieira.
Renato Meirelles,
presidente do Data Popular, que realiza desde 2001 estudos sobre mercados
emergentes do País, lembra que os tens que apresentaram maior aumento
proporcional têm grande impacto no dia a dia das famílias. “Com a ida da mulher
para o mercado de trabalho, o homem não passou a lavar roupa e a dividir as
tarefas domésticas. No caso do computador, temos jovens que são mais
escolarizados que seus pais nas classes C e D e precisam do equipamento. A
penetração da internet entre os jovens é o dobro. São produtos que facilitam o
dia-a-dia.”
No caso dos carros,
Meirelles avalia que, além do grande incentivo dado pelo governo para a
indústria automobilística, as deficiências históricas do transporte público nos
grandes centros estimularam a criação de um mercado de carros usados nas
classes C e D.
A proporção de
residências com TV (97,2%) e fogão (98,8%) ficou estável em relação a 2012.
Houve queda de 4,4% no número de casas e apartamentos com aparelhos de rádio,
que estavam presentes em 75,8% dos lares em 2013. No caso dos aparelhos de DVD,
a queda foi de 2,8% - o equipamento chegava a 72,4% dos domicílios. Também caiu
a proporção de domicílios somente com telefonia fixa, de 3% para 2,7%.
Já o porcentual de
casas e apartamentos que só tinham telefonia móvel celular subiu de 51,4% em
2012 para 53,1% em 2013. A proporção de domicílios em que pelo menos um dos
moradores tinha acesso ao serviço de telefonia (móvel e/ou fixo) subiu de 59%
em 2001 para 93% em 2013.
Fonte:
http://www.tribunadonorte.com.br/noticia
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