Total de visualizações de página

terça-feira, 30 de setembro de 2014

GT da Agrobiodiversidade faz visita de intercâmbio à Paraíba

Visita de campo (foto: Adriano Oliveira)
O grupo temático de Agrobiodiversidade, da Articulação Semiárido do Rio Grande do Norte (ASA Potiguar), coordenado pelo agrônomo José Procópio de Lucena, participou de Encontro de Intercâmbio interestadual, dias 25 e 26 de setembro, nos municípios de Campina Grande e Casserengue, na Paraíba. O Grupo Temático tem por finalidade dialogar com as temáticas das mudanças climáticas, desertificação, biodiversidade, agroecologia, matas ciliares, matriz energética, sementes crioulas, estoque de alimentos humano e animal e água para a produção de alimentos, agrofloresta, entre outros, na perspectiva de fortalecimento da agricultura familiar.
O intercâmbio retoma as atividades do grupo temático. Um dos principais fatores dessa retomada foi o Projeto de Revitalização e Cultura da Palma Forrageira no Semiárido. Os participantes do encontro visitaram o Instituto Nacional do Semiárido (INSA), onde conversaram com os dirigentes da instituição e discutiram aspectos como o fortalecimento da proposta da palma forrageira como cultura nobre e importante para a economia; produção e repasse de “raquetes” (mudas) da palma para produtores; aumento da segurança forrageira dos rebanhos e identificação de variedades mais produtivas e adaptadas às condições edofoclimáticas de cada região.
Para o diretor INSA, Ignacio Salcedo, “é possível construir um semiárido melhor, através da união dos produtores, dos agricultores e de todas as pessoas que estão trabalhando com a terra”. O professor Daniel Duarte, do INSA, destacou a importância de procurar formas de convivência com o semiárido. “A maioria das políticas que vieram para o semiárido tinham o objetivo de mudar o clima. Por isso, não foram exitosas, porque não podemos mudar o clima; devemos mudar as pessoas do semiárido”, afirmou. A discussão foi extremamente rica e trouxe para o debate elementos importantes que a ASA Potiguar poderá usar na reflexão e base para o êxito da execução dos objetivos do GT.
Além da abordagem sobre a palma forrageira, os participantes tiveram a oportunidade de conhecer alguns guardiões e guardiãs de sementes crioulas, na comunidade de Curimataú-PB. As sementes crioulas fazem parte do patrimônio de diversos povos, mas essa prática de conservação raramente é conhecida e reconhecida pelos gestores públicos. A experiência positiva da Paraíba poderá servir de exemplo para o Rio Grande do Norte. Além da Palma, o GT de Agrobiodiversidade viu a necessidade também de discutir o tema sementes, tendo em vista que o Rio Grande do Norte, comparado a outros estados, ainda não está totalmente articulado em relação a essa temática.
Colaboração: Adriano Oliveira – Comunicador Popular
Centro Padre Pedro Neefs

Nenhum comentário:

Postar um comentário