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quarta-feira, 24 de setembro de 2014

A principal nascente do Rio São Francisco está seca

A nascente histórica do Rio São Francisco, situada no Parque Nacional da Serra da Canastra, secou. Concretizou-se o que os povos ribeirinhos e os movimentos de defesa do São Francisco já vinham anunciando, há muito tempo. O fato acontece ao mesmo tempo em que ocorre, em Nova York, Estados Unidos, a Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) – também chamada Cúpula do Clima - para debater as mudanças climáticas no Planeta.
Para os defensores de uma política mais consistente de preservação ambiental, a “morte” da principal nascente do “Velho Chico” está relacionada com o uso irracional dos recursos naturais. “Estão praticando a destruição do meio ambiente em busca do lucro imediato garantido aos exploradores capitalistas, que se movem por uma lógica de curto prazo e não permitem a recuperação da natureza”, afirma José Procópio de Lucena, agrônomo do Serviço de Apoio aos Projetos Alternativos Comunitários (SEAPAC) e membro da coordenação da Articulação Semiárido do Rio Grande do Norte (ASA Potiguar).
O agrônomo afirma que o “resultado dessa prática tem sido a morte de rios, expulsão de populações, contaminação do solo, do ar e da água, a devastação das florestas tropicais e da caatinga no semiárido, com esgotamento dos recursos necessários à sobrevivência das populações”. José Procópio aponta os governos, nas três esferas, como os responsáveis, porque “trataram os gritos por socorro ao rio da Integração Nacional como sendo previsões alarmistas, catastrofistas, sem fundamentos e como coisa de ambientalistas contra o desenvolvimento”. Ele conclui: “agora é fato; estamos de luto pela morte de um pedaço do Velho Chico”.

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