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domingo, 27 de outubro de 2013

Chapada do Apodi recebe apoio do movimento agroecológico de todo o Brasil

Na noite da última quarta-feira (23), no Seminário Santa Terezinha, em Mossoró, foi aberta a Caravana Agroecológica e Cultural da Chapada do Apodi, no Rio Grande do Norte. Delegações de todo o Nordeste e de outras regiões do País como Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais ligadas à Articulação Nacional de Agroecologia (ANA) afirmaram seu apoio à luta e resistência das famílias da Chapada do Apodi, que correm o risco de perder suas terras para o agronegócio.
O agricultor e presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Apodi, Edilson Neto, agradeceu a solidariedade de todas as organizações e disse que esse apoio é muito importante para fortalecer as famílias nesse processo de luta e resistência. “Hoje passamos por um momento difícil. Nossa terra está sendo roubada para o agronegócio. Milhares de famílias podem perder suas terras. Se sairmos de lá, nossos sonhos também acabam. Mas sabemos que vocês estão conosco. Não vamos entregar a Chapada fácil”, disse com voz embargada Seu Edilson.

O representante do Núcleo Executivo da ANA, Carlos Eduardo Leite (Caê), falou da importância da união das organizações, redes e movimentos na luta contra o agronegócio, que se materializa na realização das caravanas que estão acontecendo em todo o Brasil em preparação ao III Encontro Nacional de Agroecologia (ENA).Ele também destacou o lançamento do Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo), no último dia 17, como um marco importante na luta pela agricultura familiar. “Aprovamos o Planapo. Ele não veio de presente, foi construído coletivamente com a sociedade civil. Não é o ideal, mas ganhamos mais espaço nesse processo de disputa contra o agronegócio”, relatou.


Boas-vindas – Os participantes da Caravana Agroecológica e Cultural da Chapada do Apodi foram recepcionados pela Batucada Feminista da Marcha Mundial das Mulheres (MMM). Numa grande ciranda, homens e mulheres entoaram palavras de ordem como “lutar e resistir pela Chapada do Apodi”. Os representantes das entidades do Rio Grande do Norte e do Ceará que estão na organização da caravana como a Rede Xique Xique, o Centro Feminista 8 de Março (CF8), o STR de Apodi e o Cetra deram as boas-vindas a todxs. Em seguida, cada delegação se apresentou com uma música da sua região. A noite foi encerrada com uma encenação sobre o conflito na Chapada do Apodi pelo grupo “Escarcéu do teatro”, de Mossoró.

Adaptado de: Gleiceani Nogueira

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