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segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Agricultores nordestinos se reúnem na Paraíba para trocar experiência sobre agroecologia no Semiárido

Teve inicio hoje (28), em Campina Grande (PB), o 3º Encontro Nacional de Agricultoras e Agricultores Experimentadores do Semiárido, que ocorre até quinta-feira (31). Mais de 260 agricultores dos nove estados do Nordeste e de Minas Gerais se reúnem para trocar experiências sobre a biodiversidade e a agroecologia no Semiárido brasileiro. José Procópio de Lucena está participando do evento, representando o Serviço de Apoio aos Projetos Alternativos Comunitários (SEAPAC).


Na região, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) vivem mais de 27 milhões de pessoas, representando aproximadamente 12% da população brasileira espalhados em 1.133 municípios do Nordeste e do norte de Minas Gerais. A vegetação predominante é a Caatinga e uma das principais características do Semiárido é o déficit hídrico. Mas isso não significa falta de água. Porém, as chuvas são irregulares no tempo e no espaço, o que exige estratégias de convivência com o território.


Por isso, o evento busca valorizar e dar visibilidade ao conhecimento acumulado dessas famílias na construção da agroecologia e ativar redes de troca de conhecimento focadas na convivência com o Semiárido a partir dos recursos locais. Com base em testemunhos, os agricultores analisarão como estão enfrentando os períodos de estiagem. Serão apresentadas experiências de famílias de agricultores paraibanos das regiões da Borborema, Cariri e Curimataú, com bancos de sementes crioulas familiares e bancos comunitários adaptados para o plantio na região, manejo agroflorestal, criação animal e quintais produtivos.


"No tema dos quintais produtivos, os participantes debaterão sobre a multiplicidade de papéis do arredor da casa na produção de alimentos, no bem-estar da família, na geração de renda e na valorização do papel da mulher agricultora. Já no tema do manejo agroflorestal, conhecerão as práticas dos agricultores que plantam seu roçado na Caatinga de forma consorciada com as espécies nativas do bioma, mantendo a vegetação ou revegetando a paisagem, mitigando os efeitos da desertificação", informou a assessoria da Articulação do Semiárido Brasileiro (ASA), rede formada por organizações da sociedade civil que atuam no desenvolvimento de políticas de convivência com o bioma.

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