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quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Agricultores de Angicos visitam famílias durante intercâmbio

“Com água nós podemos fazer tudo! Conseguimos plantar, cuidar dos animais e colher bons frutos de todo nosso trabalho. Eu não troco essa cisterna por açude nenhum, porque a água do açude evapora e a da cisterna fica armazenada” (Inácio Loiola, agricultor.)



Agricultores visitando o sítio de seu Inácio
A seca, durante muitos anos, deixou vários agricultores do Semiárido sem possibilidades de trabalhar e ter uma vida digna, tendo que deixar suas terras para buscar, em outra região, condições melhores para viver.
O programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2) surge como uma possibilidade de garantir, aos camponeses beneficiados, a capacidade de cuidar da terra e das criações de animais, convivendo com essa realidade e garantindo a permanência na terra, a melhoria na qualidade de vida e a soberania alimentar.
Através da parceria entre o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) e o Serviço de Apoio aos Projetos Alternativos Comunitários (SEAPAC), 101 tecnologias estão sendo concluídas nas comunidades rurais do município de Angicos, beneficiando as famílias que conquistaram a segunda água.
Na cidade de Angicos, onde o sol castiga e é necessário muito trabalho para manter a plantação, ser agricultor não é para muitos. É preciso coragem, força e muito amor pela agricultura para resistir a todas as dificuldades, causada em sua maior parte pela estiagem, e para dar continuidade ao que foi aprendido, ao longo dos anos, sobre o cultivo da terra.
Nessa quarta-feira (03) os agricultores beneficiados participaram do intercâmbio intermunicipal em São João do Sabugi, no Seridó do Rio Grande do Norte. Com o intuito de mostrar as experiências das famílias que estão fortalecendo o cultivo no quintal produtivo, além de valorizar a troca de experiência entre os participantes.
Agricultoras de Angicos 
A família de seu Zacarias do Patrocínio Fernandes e dona Maria de Morais Fernandes, moradores do sítio São João de Baixo, foi visitada pelos beneficiados da região Central, e falaram sobre o cultivo de hortaliças que, atualmente, já está indo além do cultivo para consumo próprio, e está sendo comercializado nas comunidades locais.
A agricultora Maria José Dantas, da comunidade Rio Velho, participou do intercâmbio e ressaltou que as regiões são muito parecidas e isso contribui para, o que foi aprendido, ser colocado em prática. “Lá na minha comunidade a realidade é seca como essa aqui, e a gente pode perceber que é possível fazer o plantio do mesmo jeito que essa família está fazendo na sua terra”, afirmou Maria José.
A visita também foi feita ao casal Inácio de Loiola Medeiros e Francisca da Costa Medeiros, que mostram várias técnicas que estão utilizando para o cultivo no quintal. Irrigação por gotejamento, materiais reciclados, armazenamento de sementes e várias dicas para a convivência com o Semiárido. Os visitantes ainda contaram com um lanche oferecido por seu Inácio e dona Francisca, feitos com os produtos que são cultivados por eles.
Ao fim das visitas, todos retornaram à Caicó para o almoço e, logo em seguida, discutir sobre a experiência do intercâmbio e sobre o término da construção das implementações.
Agricultores em visita à família de seu Zacarias
O agricultor Francisco da Costa, da comunidade Bom Futuro, foi beneficiado com uma cisterna calçadão e afirmou que a falta de água sempre foi um problema para a plantação, mas que a cisterna vai ajudar a melhorar a situação. “Isso foi muito importante para que a gente possa se empolgar e sentir que pode conseguir fazer o que essas famílias estão fazendo nessa comunidade. Pretendo fazer isso no meu sítio, plantar a horta e pés de fruta, pois na minha terra não tem nada disso e, com essa cisterna, vai melhorar muito a questão de água”, disse Francisco.
Outros agricultores de Angicos, que também foram beneficiados com as implementações, também visitaram algumas experiências na Serra de Santana, em Lagoa Nova. Partilhando conhecimento e adquirindo técnicas de convivência com as famílias que já estão utilizando o quintal produtivo no dia-a-dia.

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