Audiência da ASA com o Sec. da SEMARH (Foto: José Bezerra) |
A ASA Potiguar, representada
pelo Agrônomo José Procópio de Lucena, da coordenação estadual e Serviço de
Apoio aos Projetos Alternativos Comunitários (SEAPAC), e outras cinco
instituições da Rede ASA do Rio Grande do Norte tiveram audiência com o
Secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMARH), Luciano
Cavalcanti Xavier, neste dia 26, às 10 horas, na sede da Secretaria. Estavam
presentes instituições da Rede ASA – SEAPAC, Associação de Apoio às Comunidades
do Campo (AACC), Centro de Estudos e Assessoria Aplicados ao Desenvolvimento
(CEAAD) e a Cooperativa do Trabalho Multidisciplinar Potiguar (TECHNE), além
Laélia de Melo, pelo Governo do Estado, e Sérgio Ricardo, da SEMARH. Em pauta,
assuntos relacionados com o Programa Estadual de Prevenção e Combate à
Desertificação e Mitigação aos Efeitos da Seca.
Inicialmente, o Agrônomo José
Procópio fez uma breve exposição sobre o que é, como surgiu, concepção política,
área de atuação e o trabalho da ASA Potiguar. Ele elencou pontos como a
biodiversidade, mudanças climáticas, agroecologia, desertificação, entre
outros. Um dos pontos apresentados foi a luta da ASA por políticas públicas
para a convivência com o Semiárido, incluindo os Programas Um Milhão de
Cisternas (P1MC) e Uma Terra e Duas Águas (P1+2), que proporcionam às famílias
do campo as tecnologias sociais de captação e armazenamento de água para beber
e para a produzir alimentos (cisternas, barreiros trincheira, barragem
subterrânea e outras). “Não é só levar às famílias a tecnologia social. É dada
toda uma formação política, técnica e metodológica do uso das tecnologias e da
água que elas proporcionam”, realçou José Procópio.
O principal ponto da pauta, o
Programa Estadual de Prevenção e Combate à Desertificação e Mitigação aos
Efeitos da Seca, já existe, mas falta ser implementado. “Inclusive, nós, da
ASA, estivemos na construção do Plano”, relatou Procópio. Os representantes das
instituições presentes solicitaram do Secretário o compromisso de implementar o
Programa, que está parado. “O Rio Grande do Norte é o que está mais atrasado na
implementação do Programa. E o governo precisa agir para deixar um legado do
Estado. E o senhor, Secretário, tem o perfil para deixar esse legado para o
Estado; o senhor pode fazer isso”, afirmou José Procópio. Segundo José
Procópio, existe a proposta de um Projeto de Lei, na Assembleia Legislativa,
definindo uma Política Pública do Estado sobre a Desertificação, mas está
parado.
O Secretário Luciano
Cavalcanti atendeu ao pedido e disse que dentro de oito dias dará uma resposta
às instituições sobre os encaminhamentos por parte do Governo do Estado. “Eu
vou dar a minha contribuição, porque entendo que essa questão da desertificação
está avançando na velocidade geométrica e nós estamos andando velocidade aritmética”,
disse o Secretário. Ele acrescentou que vai conversar com o setor da Secretaria
encarregada desse trabalho e, se for necessário, entrará em contato com o
Deputado Fernando Mineiro, autor do Projeto, para tomar pé da situação e fazer
os encaminhamentos que forem necessários.
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