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quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Agricultores e agricultoras da comunidade Monteiro se reúnem em feira agroecológica


"Quem disse que não temos nada para oferecer?"
CEPFS
Cacimbas-PB
26/08/2014
O destaque da feira foi a comercialização de hortaliças | Foto: CEPFS
A Central das Associações Comunitárias do Município de Cacimbas e Região (CAMEC), em parceria com a Ação Social Diocesana de Patos (ASDP), o Centro de Educação Popular e Formação Social (CEPFS) e a Cáritas, realizou, no último domingo (24), na comunidade Monteiro, no município de Cacimbas, na Paraíba, a “Feira Agroecológica Solidária, Semeando e Colhendo Vidas no Semiárido”, com o lema: Quem disse que não temos nada para oferecer?
Participaram do evento agricultores e agricultoras dos municípios de Tavares, Juru, Imaculada, Maturéia, Teixeira, Desterro e Cacimbas, representantes de organizações sociais e do governo municipal de Cacimbas.

Agricultores e agricultoras levaram para a feira uma diversidade de produtos agroecológicos. Dentre as opções, tinha legumes, verduras, frutas, hortaliças e sementes. Entre os alimentos mais produzidos destacam-se as hortaliças.

A produção agroecológica tem garantido segurança alimentar e renda para as famílias que, a partir do acesso à água, através de reservatórios de captação e armazenamento de água para a produção de alimentos, a exemplo das cisternas de enxurrada e cisternas-calçadão, passaram a produzir o seu próprio alimento e a vender o excedente.

Com a comercialização dos produtos, além da geração de renda, agricultores e agricultoras também estão ofertando a outras pessoas a oportunidade de consumirem alimentos saudáveis, sem agrotóxicos.
Na feira, os participantes também tiveram a oportunidade de comprar mudas de plantas, produtos artesanais e uma variedade de doces e bolos. A agricultora Maria Alves, da comunidade Fava de Cheiro, Teixeira, falou sobre a importância do evento: “foi um espaço muito importante para divulgação dos nossos produtos e também um momento de divertimento e de troca de conhecimento com outros agricultores e agricultoras”.
Durante a feira, também houve o lançamento do vídeo documentário do projeto “Sertão Ecológico e Solidário”, realizado pelo CEPFS, apresentação de peças de teatro sobre agroecologia feita por alunos da Escola João Heleno de Maria, realização de um bingo e muito forró.

O trabalho das organizações sociais, aliado à execução de projetos e programas como o Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2), da Articulação do Semiárido (ASA), têm sido grandes colaboradores com o desenvolvimento das iniciativas dos agricultores e agricultoras. Através do P1+2, muitas famílias tiveram acesso às tecnologias sociais de captação e armazenamento de água para a produção de alimentos.

Anchieta de Assis, representante da Coordenação Executiva da Articulação do Semiárido Paraibano, fez sua avaliação sobre o evento: “na feira, tivemos a oportunidade da perceber a riqueza e a diversidade que agricultores e agricultoras vêm cultivando no semiárido. Diversidade de verduras, sementes, queijos, doces. A partir desta amostra poderemos pensar se é possível em alguns municípios, o excedente de produção viabilizar feiras semanais ou quinzenais de produtos agroecológicos da agricultura familiar. foi uma iniciativa válida”.

A feira agroecológica foi um espaço para dar visibilidade as iniciativas de agricultores e agricultoras que constroem um sertão agroecológico.  E quem pensou que os agricultores e as agricultoras não tinha nada para oferecer saiu de lá encantado.

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