Por: Diassis Carlos, Mayara Albuquerque, Monyse Ravenna e Ricardo Wagner - comunicadores populares da ASA
Em romaria, canta bendito, faz
a memória do Sangue dos companheiros,
anima a luta, lança Projetos,
pra acabar com o latifúndio brasileiro
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Foto: Ricardo Azevedo/Instituto Elo Amigo |
A missa de encerramento da XVI Romaria da Terra, em
Sobral, CE, trouxe toda a mística de cerca de 15 mil romeiros e romeiras que
tomaram as ruas da cidade gritando por “Água, terra e comunhão: bem viver em
nosso chão”; lembrando os mártires da caminhada, especialmente aqueles que
tombaram na luta pela terra e pela Reforma Agrária. Na celebração, o povo foi
acolhido e acolheu dezenas de sacerdotes e oito Bispos e o Arcebispo do
Regional Nordeste 1, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
A celebração fazia refletir e emocionar diante do ainda grande número de
conflitos pela terra e pela água em nosso estado e ao mesmo tempo enchia de
esperança diante das alternativas de convivência com o semiárido que
representam formas concretas de bem-viver do povo.
Segundo a Comissão Pastoral da Terra (CPT), a Romaria é um momento forte de
encontro, de caminhada, de celebração da vida e das conquistas diárias dos
camponeses e camponesas, espaço oportuno de denúncia de todos os projetos que
destroem a vida humana e a natureza em todas as suas dimensões e de anuncio das
alternativas concretas de bem viver no semiárido.
Os romeiros e as romeiras percorreram uma longa caminhada acompanhados por
músicas, sorrisos e olhares companheiros. Por volta das 22h, as apresentações
culturais aconteceram no Estádio Junco. Num gramado ocupado por diferentes
gerações, manifestações artísticas como forró, cordel, poesia e música popular
brasileira deram continuidade à romaria.
“Cisternas de Plástico: Somos Contra”
Uma delegação do Fórum Cearense
pela Vida no Semiárido (FCVSA), vinda de todo o estado, também
participou com muita animação da Romaria. O FCVSA levou para as ruas de Sobral
a bandeira: “Cisternas de Plástico: Somos Contra!”.
"Eu vejo a Romaria como um momento de colocar para a sociedade as nossas
grandes bandeiras de luta: reforma agrária, acesso à água, contra as
cisternas de plástico”, afirma Odaléa Severo, da coordenação estadual do FCVSA.
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