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sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Entidades civis reúnem para discutir tratamento dado a população atingida pelas obras da barragem das oiticicas


Hoje (23/08) das 8 às 11 horas da manhã, ocorreu no centro pastoral Dom Wagner, uma reunião envolvendo organizações sociais, igrejas, movimentos sociais e sindicais do Seridó, entre eles o SEAPAC, a respeito da barragem das oiticicas.  A reunião tinha o objetivo de elaborar carta aberta para a governadora do estado sobre a situação dos moradores das áreas atingidas pelas obras, que precisam ser desapropriados de suas terras e indenizados, visto que as obras já iniciaram. 

O técnico agrônomo do SEAPAC, José Procópio de Lucena, fez uma explanação sobre a situação atual da barragem, mostrando que ainda não houve uma audiência pública sobre esse assunto que afeta muitos moradores, principalmente das áreas rurais de várias cidades do Seridó, sobre os estudos que ainda precisam ser elaborados, como por exemplo, as condições geológicas e arqueológicas dessa localidade e sobre a importância da educação e mobilização social dos moradores dessas regiões, fazendo assim com que eles se apropriem dos seus direitos e não saiam prejudicados. Após a explanação houve a análise e aprovação coletiva da carta. Depois desse primeiro momento, a plenária em geral teve espaço aberto para falar suas opiniões e sentimentos em relação à barragem das oiticicas. Advogados, representantes de entidades civis, políticos, presidentes de sindicato, agricultores e figuras públicas puderam prestar seus depoimentos.

O Monsenhor Ivanoff da Costa Pereira, administrador diocesano da diocese de Caicó também falou aos presentes. Em sua fala ele destacou o problema das decisões tomadas de cima para baixo e enfatizou a importância de uma educação social para que a população atingida possa tomar consciência dos seus direitos. De uma forma geral todos os presentes reafirmam que não são contra a barragem das oiticicas, pois á agua é sempre muito bem-vinda em todo o semi-árido, é sinônimo de alegria e de oportunidades, mas que são contra o desrespeito aos direitos (econômicos, sociais ou de qualquer origem) de todos os atingidos pelas obras da barragem.


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