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sexta-feira, 2 de agosto de 2013

SEAPAC debate com moradores de Barra de Santana construção da Barragem de Oiticica



            A Diocese de Caicó, SEAPAC, sindicatos dos trabalhadores rurais e patronais estiveram reunidos com a comunidade do distrito Barra de Santana, na última terça-feira (30/07) para debater a construção da Barragem de Oiticica.


                  O distrito fica a quinze quilômetros da sede do município, mas deve ser encoberto pelas 640 milhões de metros cúbicos do futuro reservatório, que será construído também abrangendo parte do território de São Fernando e Jardim de Piranhas, no leito do rio Piranhas-Assú. 

         
             Segundo o administrador diocesano, padre Ivanoff da Costa Pereira, o grupo de trabalho que foi ao distrito ouviu as dúvidas e sugestões dos moradores de Barra de Santana, principalmente no tocante às indenizações e retiradas das famílias para outra área.

         
            “Sabemos que cerca de duas mil pessoas serão deslocadas, inclusive o governo se propôs a criar um projeto social para atender a todos”, disse o padre Ivanoff. Ele também destacou já houve reuniões com esse mesmo objetivo em comunidades de Jardim de Piranhas e São Fernando. “Portanto, pretendemos levar um relatório desses encontros para a secretaria estadual do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (SEMARH), a fim de cobrar as respostas efetivas aos questionamentos do povo residente na área de abrangência da barragem de Oiticicas”.

           
              Para José Procópio de Lucena, engenheiro agrônomo e técnico do Seapac, a discussão é bem mais ampla do que saber onde serão construídas as casas do novo Distrito de Barra de Santana, que será coberto pelas águas da Barragem de Oiticica. Primeiro que não somos contra a barragem, e também compreendemos que a obra precisa ser feita na mesma velocidade das indenizações, das desapropriações, dos reassentamentos, do projeto social, das negociações, inclusive da dívida dos agricultores que devem aos bancos, da qualidade da moradia, do saneamento básico, dos equipamentos comunitários do distrito como Posto de Saúde, escolas, áreas de lazer, Igrejas, Cemitério. Além dos bens materiais que os agricultores querem discutir, também tem o campo da história, do seu passado, de suas vidas, de suas culturas, do seu modo de viver, e que também sejam ouvidos. Não sejam tratorados, não saiam na base do pontapé”, disse. Para ele o ideal é que haja a desapropriação e o pagamento de 100% da terra nua, o pagamento de 100% dos benefícios lá instalados a preço justo e que os agricultores continuem na terra. E no caso de grandes propriedades, que sejam desapropriadas e sejam feitos assentamentos para os trabalhadores sem terras. 






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