Foi realizado nesta quarta-feira
(30) o intercâmbio interestadual no Assentamento José Milanês, pertencente ao município
de Lagoa Nova-RN, para troca de experiências entre os beneficiados do programa da
segunda água (P1+2), executado pelo SEAPAC, através da Articulação Semiárido Brasileiro (ASA). Um dos objetivos é provocar a discussão sobre os desafios para convivência com a seca. Os visitantes eram agricultores e agricultoras dos municípios de Umirim, Irauçuba e
Tejuçoca, do estado do Ceará, acompanhados pelo CETRA (Centro de Estudos do Trabalho e de Assessoria ao Trabalhador).
Durante o dia eles tiveram a
oportunidade de conhecer cinco famílias potiguares que também fazem uso dessa
tecnologia para ajudar na manutenção das criações e plantações. Os visitantes puderam analisar
os problemas e soluções para o manejo da cisterna e do caráter produtivo recebido, com o
intuito de levar o conhecimento para colocar em prática e repassar aos outros que
possuem esse sistema de captação de água.
O senhor Joel Silva Moura, do
município de Tejuçoca, afirmou que a experiência foi importante para os participantes. Ele também ressaltou a importância da cultura dos alimentos orgânicos para a
sociedade e revelou que sentiu vontade de se mudar para o local.
“Foi muito proveitoso, valeu a pena
a gente ter vindo do Ceará para cá e conhecer esse lugar produtivo. As pessoas
valorizam muito essa cultura dos produtos orgânicos e isso é muito importante,
principalmente para nossa saúde. Adorei o clima, o acolhimento das pessoas e,
se eu pudesse, visitaria outras vezes. Se aqui tivesse uma casa eu só ia no
Ceará buscar a mulher e a filha, porque gostei demais daqui” destacou Joel.
Para o senhor Joaquim Inácio
Albuquerque, do município de Irauçuba (um dos mais secos do Brasil), o
aprendizado foi marcante e será repassado aos colegas da região onde mora. “Gostei
muito, pois aprendi muita coisa sobre as cisternas. Vou passar tudo para os
outros que não puderam estar aqui”, disse.
Durante o percurso, os visitantes
fizeram comparações das suas terras, partilharam conhecimento e geraram
informações sobre a convivência com o semiárido, através das tecnologias
implementadas.
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