D. Jaime e as famílias (Foto: Cacildq Medeiros) |
De
acordo com o agrônomo Damião Santos, coordenador do programa, 536 famílias tiveram
acesso às tecnologias sociais de captação e armazenamento de água para beber e
para produzir alimentos. “Foram 423 cisternas da primeira água, ou seja, de
água para beber e cozinhar, e 113 cisternas da segunda água, que são as
cisternas calçadão, enxurrada, barreiro de trincheiro e barragens
subterrâneas”, explica. A construção se dá através de um processo pedagógico,
com a participação das famílias envolvidas. “Há capacitação de gerenciamento do
uso da água, tanto para beber e cozinhar e quanto para produção de alimentos.
As famílias se envolvem e muitas constroem sua própria cisterna”, comenta o
agrônomo.
Para
as famílias, a construção da cisterna significa uma conquista e uma melhoria
para a qualidade de vida. “É uma transformação muito grande para a nossa
família e para a nossa comunidade. Antes, a gente ia pegar água na cacimba e
era uma água salobra. A chuva caía e a gente, com tristeza, via a água ir
embora, porque não tínhamos onde armazená-la.
Agora, temos esse reservatório ao lado de casa, com água de boa
qualidade, e que dá pra gente beber o ano inteiro”, testemunha o agricultor
Ozamir Gomes, residente na Comunidade Serra de Baixo. Hoje, ele tem as duas
cisternas: uma da primeira água e outra da segunda água. Ozamir diz que para
utilizar o reservatório da segunda água, a família aprendeu a cultivar
hortaliças. “A gente possui um pomarzinho, onde plantamos coentro, alface e
cebolinha. Além disso, recebemos capacitação para aprender a criar,
corretamente, as galinhas”, diz.
Para o Arcebispo de
Natal-RN, Dom Jaime Vieira Rocha, a celebração foi um momento de render graças
a Deus pelas tecnologias de convivência com o semiárido que vão se consolidando
nas comunidades rurais, através da presença da Igreja. “Há mais de 20 anos, a
Igreja fundou o SEAPAC, que trabalha orientando e envolvendo as comunidades
rurais, como é no caso da construção das cisternas. Tudo isso faz com que se
torne uma intervenção de qualidade para a dignidade humana, favorecendo a
cidadania e a participação comunitária, em vista do seu desenvolvimento
sustentável”, destacou o arcebispo. As tecnologias de captação e armazenamento
de água são desenvolvidas com recursos captado pela ASA Brasil, através dos
Programas Um Milhão de Cisternas (P1MC) e Uma Terra e Duas Águas (P1+2).
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