30/04/2014
Foto: Henrique Oliveira |
A presidenta Dilma
Roussef esteve,
nesta terça-feira (29), no município de Feira de Santana (BA) para
celebrar os
resultados e anunciar a liberação de recursos para ações de
enfrentamento aos
efeitos da estiagem na região do Semiárido. O evento também marcou
o sucesso
das ações do Governo Federal no interior da Bahia e a amplitude
das ações de
convivência com o semiárido que, há mais de uma década, vem
transformando a
vida de milhares de pessoas e democratizando o acesso à água para
consumo e
produção.
O Evento celebrou as
metas
atingidas polo Programa Cisternas que, nos últimos anos, construiu
mais de 500
mil cisternas de consumo e, com investimento anunciado de mais de
R$ 442
milhões, se prepara para atingir a casa de 700 mil tecnologias
entregues até a
final do ano.
Tais investimentos
garantem, em
primeiro lugar, a captação e armazenagem de água para o povo do
Sertão e, como
ressaltou a presidenta, traz luz à importância das ações
estruturantes promotoras
de segurança hídrica na região. Segundo Dilma, as obras são
importantes para
todos os estados do Nordeste, pois garantem que a região tenha uma
situação de
conforto e segurança hídrica. "É importante saberem que aqui no
Nordeste
tem mais obra de segurança hídrica que nos estados mais ricos da
federação, que
também tem problema de abastecimento de água. Porque no Nordeste
se precaveram,
e estão construindo soluções estruturantes”, explicou a
presidenta.
De acordo com
informações da
Presidência, de 2011 até março deste ano, em todo o Semiárido, já
foram
entregues 545,7 mil cisternas e 54,7 mil tecnologias de apoio à
produção agrícola.
O governo tem a meta de entregar, até o final de 2014, 750 mil
unidades para
consumo familiar e 76 mil de apoio à produção. De 2003 até agora,
já foram
implantadas tecnologias de captação de água em 1.347 municípios do
Semiárido,
beneficiando 935,5 mil famílias – cerca de 4,4 milhões de pessoas.
De 2011 a
março de 2014, as ações chegaram a mais de 600 mil famílias, num
total de 2,8
milhões de pessoas (fonte: http://blog.planalto.gov.br).
“Por isso que hoje
estamos aqui
comemorando. (…) Chegar a 540 mil cisternas, a implantar 750 mil
cisternas, é
um ato de afirmação. É importantíssimo que o produtor tenha sua
cisterna, para
consumo dele, como essas novas que estamos construindo para
produção, para
poder ter uma horta, produção de palma forrageira, para alimentar
o rebanho,
que tenha condições de, perto da sua casa, na sua propriedade,
tenha acesso a
esse bem que é igual ao princípio da vida: a água”, destacou Dilma
em seu
discurso.
Para Mário Augusto
Jacó,
articulador do Território de Irecê, o evento demonstra o quanto é
possível se
transformar a realidade das pessoas com a luta popular. Segundo o
Articulador,
chegar a 750 mil cisternas é uma vitória sem precedentes na luta
pela
democratização do acesso á água. "Quando nós começamos, muita
gente
pensava ser impossível construir um milhão de cisternas e mudar
definitivamente
a vida no Semiárido. Hoje, se somarmos o que foi feito no governo
Lula e no
Governo Dilma, estamos cada vez mais perto de concretizar esse
sonho... Uma
vitória do nosso povo", disse Jacó.
Foto: Henrique Oliveira |
Para Naidison
Batista, Presidente
da Associação Programa Um Milhão de Cisternas e Coordenador da
Articulação
Semiárido Brasileiro pelo Estado da Bahia, os avanços conquistados
pelo povo do
Semiárido e pelos últimos governos brasileiros são fruto de um
processo de
mudança que estabeleceu, a partir de muita luta e organização, um
novo entendimento
do Semiárido.
De acordo com o
coordenador, o
povo do semiárido é encarado hoje como um povo capaz, resistente e
criativo e
não mais com um povo "coitado" e “digno de esmolas”, como se
pensava
no passado. "O que constatamos aqui é uma inversão de valores. Não
uma
inversão em palavras. Mas, uma inversão em ações, em atos. E isto
está contaminando
o Semiárido", afirmou emocionado, Batista.
Outras ações - Além
do Programa
Cisternas, outras ações serão firmadas pelo Governo Federal, como
a assinatura
do edital para contratação de 5 mil cisternas em escolas do
Semiárido, o que
promoverá a armazenagem e o abastecimento de água própria para
consumo em mais
de 60% das escolas públicas da região; o investimento de R$ 8
milhões para o Programa
de Aquisição de Alimentos (PAA) e R$ 19 milhões ao Programa de
Fomento às
Atividades Produtivas Rurais, do Plano Brasil Sem Miséria.
No âmbito do Governo da Bahia, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome firmou no convênio para a contratação de mais 13,5 mil tecnologias de consumo no valor de R$ 37,6 milhões em investimentos para a construção de cisternas de placa em todo o Estado.
(Fotos: Henrique Oliveira
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