Dando continuidade a programação, a comitiva visitou o Acampamento “Edvan Pinto”, situado na
Chapada do Apodi, com a presença de centenas de acampados. “O
Acampamento está registrado no INCRA e já fizemos o cadastramento de
800”, afirmou o Superintendente do Instituto, Valmir Alves.
Os representantes da Igreja e das entidades que apoiam a
causa dos acampados foram recebidos pelas famílias e as instituições
que estão na luta com elas, entre as quais a Comissão Pastoral da Terra
(CPT), os Sindicatos de Trabalhadores Rurais, Movimento dos Sem Terra,
entre outros.
Houve uma caminhada da entrada até o centro do
acampamento, com as famílias conduzindo uma Cruz, que foi fincada na
terra e em torno da qual aconteceram a celebração da Palavra e os
pronunciamentos.
Dom Jaime destacou a luta dos povos em defesa dos
direitos e criticou o desencontro entre as instituições do governo
federal. “As instituições trabalham isoladamente e uma não sabe o que a
outra está fazendo”, disse o Arcebispo. E acrescentou: “É preciso
entender que o desenvolvimento é necessário – antigamente se cultivava
com capinadeira e hoje se cultiva a terra com máquinas mais avançadas –
mas tem que se respeitar os direitos das pessoas”, disse. O Bispo de
Mossoró, Dom Mariano Manzana, disse que “a agricultura familiar pode
superar as muitas dificuldades da seca. Aqui, no Rio Grande do Norte,
temos uma agricultura familiar com 20 ou 30 anos de experiência”.
Acampamento Edvan Pinto. Foto: José Bezerra |
Fonte: site arquidiocese.
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