De 16 a 18 de
setembro comunicadores da ASA (Articulação no semiárido) reuniram-se em Recife
para discutir a comunicação popular enquanto mecanismo de convivência com o
semiárido. O Encontro Nacional dos Comunicadores/as
da ASA reuniu mais de 70 comunicadores/as, representantes da Articulação, e
profissionais que atuam na perspectiva da comunicação como um direito humano.
Inicialmente uma a dinâmica da linha da vida e dos
acontecimentos do surgimento da ASA foi sendo construído cronologicamente pelos
participantes, elencando diversos episódios da história sociopolítica
brasileira e dos movimentos sociais, o que serviu como instrumento a
compreensão de muitos comunicadores/as que são recém-chegados à ASA.
O encontro também lançou o olhar para as práticas de
comunicação desenvolvidas pelos povos do Semiárido, valorizando o potencial de
agricultores/as produtores/as de conhecimento, tendo como exemplo experiências
exitosas de criação de rádios comunitárias, a formação de associações,
cooperativas e redes nos estados. A mestra em comunicação, Viviane Brochardt,
apresentou experiências de protagonismo das famílias agricultoras do estado da
Bahia e do Norte de Minas Gerais.
Outro resgate histórico especificamente sobre a
comunicação na ASA e a sua prática atual foi abordado durante o encontro. Entre
os momentos de exposição e diálogo com participantes, houve a partilha de
experiências que trouxeram a comunicação como um direito humano. Para a
ocasião, foram convidadas a jornalista e integrante do Conselho Curador da
Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Ana Veloso, e a integrante do Movimento
Sem Terra (MST), Solange Engelmann.
Ponto culminante do encontro foi à exposição de fotos
feitas pelos próprios comunicadores em suas áreas de atuação. O nome da
exposição “Um olhar de bem-querer sobre o semiárido” já retrata que o objetivo
das imagens é retratar o belo em cada paisagem e principalmente em cada pessoa
do sertão.
Ao final todos celebraram o evento como sendo um momento
ímpar para alavancar o debate sobre a comunicação popular, e pautar
politicamente como uma bandeira luta imprescindível para o fortalecimento da
convivência com o semiárido. Ser comunicador popular não é apenas divulgar
ações de convivência com o semiárido, mas sim transformar o povo de mero
receptor a produtor de uma mensagem que traduza a vida sertaneja.
Lêda Mayara - Comunicadora Popular SEAPAC-RN
Eudes Costa - Comunicador Popular ASPA apicultores - PB
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