Cisterneiro executando o processo de construção
da tecnologia
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O sol
forte e o calor são marcas registradas da região semiárida, e no município de
Angicos, localizado no interior do Rio Grande do Norte, não poderia ser
diferente. É com esse cenário que os cisterneiros continuam os trabalhos de
construção das tecnologias sociais do Programa Um Terra e Duas Águas (P1+2) nas
comunidades rurais.
A
cidade, conhecida como sendo a primeira em que Paulo Freire iniciou o seu
método de educação e alfabetização, está recebendo, a partir da parceria entre
o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) e o Serviço de Apoio aos Projetos
Alternativos Comunitários (SEAPAC), implementações que vão beneficiar 101
famílias que convivem com a seca.
O
cisterneiro José Antonio Felix, mais conhecido como Nino, conta que os
trabalhos no município estão sendo organizados de forma muito boa e o relacionamento
com as famílias também tem ajudado no desenvolvimento do trabalho. “A construção
aqui é bem organizada e tudo está ocorrendo bem, principalmente por causa da
acolhida das famílias. Isso garante a boa qualidade das tecnologias que estamos
construindo”, afirmou José Antonio.
Agricultora Gilcia Evaristo da Costa e sua
cisterna calçadão
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A
beneficiada com uma cisterna calçadão, Gilcia Evaristo da Costa, moradora da
comunidade Rio Velho, revelou que o trabalho de construção da sua tecnologia, que
foi feito pelo cisterneiro Nino, foi uma oportunidade muito boa para fazer
novas amizades. Além disso, com a implementação será possível o plantio de
hortas para o consumo da família. “Essa construção foi muito boa e estou muito
animada com minha cisterna. Quando chover e tiver água, nós vamos plantar
hortas e fruteiras, isso será muito importante para minha família”, disse a
agricultora Gilcia.
Para
a família de Inês Dalva Saraiva, também da comunidade Rio Velho, a água da
cisterna enxurrada servirá para aumentar o plantio de hortas e fruteiras em
casa, pois a família já possui um pequeno cultivo no quintal. “Estou feliz com
isso, e pretendo aumentar o plantio utilizando o que aprendi nos cursos que
participei antes da construção da cisterna. Os cisterneiros são muito dedicados
ao trabalho e isso ajuda muito a agilizar a construção”, revelou dona Inês.
Construção da cisterna enxurrada da agricultora
Inês Dalva Saraiva
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As
implementações garantem a convivência no Semiárido, promovendo a soberania
alimentar, proporcionando o desenvolvimento rural e assegurando o manejo
sustentável da água e da terra para a produção e criação de animais.
Ao
todo, trinta e seis cisternas foram concluídas na região, além dos sete
barreiros que já foram escavados nas propriedades das famílias beneficiadas. A
próxima etapa de construção de tecnologias sociais, após a finalização em
Angicos, será no município de Lajes.
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